Cadernos Acadêmicos
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<p>A revista <strong>Cadernos Acadêmicos: conexões literárias (ISSN 2764-8192)</strong> é um periódico de publicação semestral, exclusivamente eletrônico, destinado à divulgação de trabalhos resultantes de pesquisas sobre literatura, de circulação nacional e internacional, realizada a partir da parceria estabelecida por meio de convênio de cooperação técnica firmado entre a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a SP Leituras - Associação Paulista de Bibliotecas e Leitura, órgão de natureza cultural voltado à viabilização de políticas destinadas ao incentivo à leitura, tendo como principal papel gerir iniciativas da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, por meio da Unidade de Difusão Cultural, Bibliotecas e Leitura (UDBL). A revista conta com o apoio institucional do Programa de Pós-Graduação em Letras, da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas do Campus Guarulhos-SP (Unifesp). </p>UNIFESP/SP-LEITURASpt-BRCadernos Acadêmicos2764-8192A fala: seus silêncios evidenciados
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<p>Nesta resenha, sintetiza-se a analisa-se a obra Sete falas, do autor Jean Pierre Chauvin, publicada em 2022 pela Editora Cancioneiro. Defende-se, conjuntamente com o ensaísta, que as falas são modalidades discursivas que contêm silêncios, mas que esses mesmos silêncios podem ser evidenciados ao se analisar a conjuntura em que as tipologias são manifestas. Parte-se do princípio geral de que as ideias dominantes são, na verdade, as ideias das classes dominantes em cada contexto.</p>Marilia Couto Moratelli
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2023-12-232023-12-234147155A poesia das paredes
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<p><span style="font-weight: 400;">A poesia das paredes é uma coluna-ensaio escrita por Cecilia Pavón que reflete sobre a conexão das pessoas no mundo atual com a literatura e com as outras pessoas, a reflexão se desenvolverá a partir do relato de uma participante de uma das oficinas de poesia da escritora que relata à ela que sua amiga só fazia poesia se fosse escrita nas paredes da cidade. O que é a literatura e o que são os ritos envolvidos no fazer literário são temas que se apresentam nesta obra.</span></p>Cecilia PavónBeatriz Rodrigues MachadoTHIAGO HENRIQUE DA SILVA DA SILVA
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2023-12-232023-12-234156160Para fazer um poema fofo ou 1 tiro de 12
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<p>A série de poemas <em>Para fazer um poema fofo ou 1 tiro de 12</em> apresenta de forma irônica, ora sarcástica, a cena da poesia contemporânea brasileira que se vale de grupos, panelas ou confrarias praticando o elogio entre si, valendo-se de sinopses, orelhas, apresentações, prefácios ou posfácios, esvaziando, assim, a função desses textos, pois uma vez que todo poeta é genial, nenhum é, se todo livro é imprescindível, da mesma forma nenhum é.</p>Fabiano Fernandes garcez
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2023-12-232023-12-234127140Editorial
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<p>Editorial </p>Jean Pierre Chauvin (Editor)Thiago Maerki (Editor)
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2023-12-232023-12-234IIVA Tópica do Arrebatamento
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<p>Neste ensaio, intenta-se mostrar recorrências da tópica do arrebatamento amoroso em poemas compostos por Francisco de Sá de Miranda (1481-1558), Garcilaso de la Vega (1503-1536), Luís Vaz de Camões (1524-1580), Fray Luís de Léon (1527-1591), Antônio Ferreira (1528-1569) e Diogo Bernardes (1530-1594). O segundo objetivo é problematizar a leitura de cunho biográfico desses versos, tendo em vista que a <em>persona</em> poética resulta de uma série de lugares-comuns e artifícios selecionados e arranjados pelos poetas.</p>Jean Pierre Chauvin
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2023-12-232023-12-234216Entre jangadas de pedras e ilhas desconhecidas: repensando a questão identitária portuguesa a partir da cartografia saramaguiana
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<p><strong>RESUMO </strong></p> <p>O presente artigo tem como objetivo construir relações entre duas obras de José Saramago inseridas no <em>topos</em> da navegação, tão caro à literatura portuguesa: <em>A Jangada de Pedra</em> e <em>O Conto da ilha Desconhecida</em>, e, navegando na abordagem crítica da história lusitana, observar as possibilidades que emergem ao se estabelecer, pelas vias da literatura, uma nova cartografia como resposta à questão identitária portuguesa.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Literatura Portuguesa; José Saramago; Literatura contemporânea; Identidade, História.</p> <p> </p>Maíra Maximiano
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2023-12-232023-12-2341736O Paradoxo Bourdieusiano da Submissão Feminina em contos de Mia Couto e Lídia Jorge
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<p>Este artigo analisa a condição feminina nos contos “Os olhos dos mortos” (2003) e “Marido” (1997), de Mia Couto e Lídia Jorge, respectivamente, ambos produzidos no período pós-colonial. Esta análise é desenvolvida a partir dos conceitos de Bourdieu sobre violência simbólica, <em>habitus, </em>dominação masculina, submissão feminina e estruturas de dominação. Serão consideradas, ainda, as contribuições dos <em>agentes específicos</em> e <em>instituições</em>, apontados por Bourdieu como produtores e reprodutores das <em>estruturas de dominação</em>, que naturalizam a dominação masculina.</p>Rosangela Silveira de Azevedo Leme
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2023-12-232023-12-2343759Diálogo com Frederico Lourenço
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<p>Esta entrevista foi realizada por Thiago Maerki especificamente para a presente edição desta revista. O professor Frederico Maria Bio Lourenço, ou apenas, como assina suas obras, Frederico Lourenço, nasceu em Lisboa em 1963. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Clássicas na Universidade de Lisboa, instituição pela qual se doutorou com tese sobre os cantos líricos de Eurípedes. Entre os anos de 1989 e 2009 foi docente da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e, atualmente, é professor na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.</p>Thiago Maerki
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2023-12-232023-12-234141146Alusões e discurso metaperformático na canção "Missão do cantador" da Banda de Pau e Corda
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<p>O presente trabalho de conclusão da disciplina Literatura e interdisciplinaridade: poesia e canção compreende quatro partes, precedidas de uma introdução que apresenta a Banda de Pau e Corda e o seu recente álbum <em>Missão do Cantador</em>, lançado em CD e áudio para plataformas digitais, em 2021. O propósito do artigo é analisar a canção “Missão do cantador”, a primeira faixa do álbum homônimo, a partir de uma perspectiva literomusical. Assim, interessa-nos levantar as características expressivas da composição e, mais especificamente, as alusões e o discurso metaperformático, sob as teorizações de Tatit e Caretta proporcionadas pela disciplina, para uma interpretação possível.</p>Deusa Mitiko de Gouvêa Hanashiro HANASHIRO
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2023-12-232023-12-2346191Programado Pra Morre Nóis É: O Guerreiro do Rap e o Sample Verbal
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<p><span style="font-weight: 400;">O presente trabalho tem como objetivo analisar as conexões intertextuais e influências mútuas entre as músicas "Programado Pra Morre", Trilha Sonora do Gueto e "Vida Loka, Pt. II", Racionais MC's. Investiga-se, especificamente, o papel do sampler musical e verbal nessas composições, destacando a relevância na construção de narrativas mitológicas e poéticas. Também aborda-se o impacto do videoclipe como obra integral, discutindo a moda, o figurino e o cenário como elementos que colaboram para a identidade visual e mensagem da obra. O estudo indica como essas manifestações artísticas refletem a realidade das periferias e trazem à tona questões sociais e políticas.</span></p>Lara Sanches SilvaPedro Marques Neto
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2023-12-232023-12-23492112Personagens mulheres de Machado de Assis: retrato estilizado de época
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<p class="western" align="justify"><span style="font-family: Cambria, serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="color: #000000;"><span lang="pt-BR">Analisamos </span></span><span style="color: #000000;"><span lang="pt-BR">como alguns personagens femininos de Machado de Assis refletem e dialogam, ficcionalmente, com a posição da mulher na sociedade brasileira da época. Esforçando-nos por contextualizar a situação da mulher numa sociedade marcada pelo machismo, </span></span><span style="color: #000000;"><span lang="pt-BR">mostramos </span></span><span style="color: #000000;"><span lang="pt-BR">que Machado, na verdade, não traz uma imagem simples dessa mulher. O autor parece ir contra a imagem da mulher apenas submissa aos homens ou ao marido, típica da época. Sem poder ser tachado </span></span><span style="color: #000000;"><span lang="pt-BR">de feminista, j</span></span><span style="color: #000000;"><span lang="pt-BR">pois </span></span><span style="color: #000000;"><span lang="pt-BR">seria anacronismo, Machado cria personagens fortes, calculistas e muito ativas socialmente, a partir de interesses individuais – como a Guiomar, de </span></span><span style="color: #000000;"><span lang="pt-BR"><em>A mão e a luva</em></span></span><span style="color: #000000;"><span lang="pt-BR">, Sofia, em</span></span><span style="color: #000000;"><span lang="pt-BR"><em> Quincas Borba</em></span></span><span style="color: #000000;"><span lang="pt-BR">, e</span></span> <span style="color: #000000;"><span lang="pt-BR">Capitu, de </span></span><span style="color: #000000;"><span lang="pt-BR"><em>Dom Casmurro</em></span></span><span style="color: #000000;"><span lang="pt-BR">. Analisamos as estratégias dessas personagens em relação aos homens e ao casamento, ao </span></span><span style="color: #000000;"><span lang="pt-BR"><em>status </em></span></span><span style="color: #000000;"><span lang="pt-BR">social e à postura exigida das mulheres no esforço de dar uma visão mais complexa do modo como Machado figura literariamente a realidade social, que ele nunca simpl</span></span><span style="color: #000000;"><span lang="pt-BR">ifica</span></span><span style="color: #000000;"><span lang="pt-BR">.</span></span></span></span></p>Andre BarrosMarcelo Batista da Silva
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2023-12-232023-12-234113126