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Alexandre Alliatti e Mariana Salomão Carrara vencem o Prêmio São Paulo de Literatura 2023

Alexandre Alliatti e Mariana Salomão Carrara
© Ricardo Matsukawa / SP Leituras

A Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo anunciou os vencedores da 16ª edição do Prêmio São Paulo de Literatura em novembro (27), na Biblioteca Parque Villa-Lobos. Foram premiados os romances de Mariana Salomão Carrara, “Não fossem as sílabas do sábado”, e de Alexandre Alliatti, “Tinta Branca”.

Neste ano a premiação alcançou a marca recorde de 453 propostas de inscrições, comparado ao ano anterior, quando houve 317. Dentre as propostas apresentadas 327 inscrições foram habilitadas, sendo 136 na categoria “Melhor Romance de 2022” e 191 na categoria “Melhor Romance de Estreia de 2022”, de diversas regiões do Brasil e outros países, tais como: Alemanha, Angola, Argentina, Chile, Espanha, Estados Unidos, França, Inglaterra, Israel, Itália, Portugal, Rússia e Suíça.

Os finalistas foram avaliados pelo júri do Prêmio composto por: Carlos Rogério Duarte Barreiros, Cida Saldanha, Claudia Abeling, Gênese Andrade, Ieda Lebensztayn, Jeferson Tenório, Karina Menegaldo, Luciana Araujo Marques, Luiz Rebinski e Whaner Endo.

O Prêmio São Paulo de Literatura 2023 é a maior premiação individual do setor literário brasileiro em valores financeiros. Cada vencedor recebe R$ 200 mil, o maior valor individual entre as premiações literárias brasileiras. Além da estatueta e da premiação em dinheiro, os vencedores participam, em 2024, de uma programação cultural, que inclui a presença em eventos literários nacionais e internacionais.

 

Livros vencedores

Não fossem as sílabas do sábado, de Mariana Salomão Carrara
Uma tragédia acaba com uma família, um amor, uma história. Mas outra história também pode começar nela. Um absurdo acidente tem a possibilidade de unir as mulheres que restaram dele, num duro e ao mesmo tempo terno embate de isolamentos. Depois da morte de André, o lar de Ana fica dolorido. Sem o marido, ela passa a gestar a filha órfã e a lidar com Francisca, a babá que intervém com seus tentáculos de ajuda, e também Madalena, a vizinha, viúva do outro homem envolvido no absurdo acidente que vitimou André. Neste romance, com sua narrativa íntima que assombra pela concretude, a autora se consolida como uma das vozes mais urgentes da literatura brasileira de hoje" (TODAVIA).

 

Tinta branca, de Alexandre Alliatti
Em um domingo de festa, moradores torturam um jovem imigrante na praça central de uma pequena cidade do interior gaúcho. O professor de História de uma escola local se vê diretamente envolvido no episódio enquanto também ajuda um homem recém-chegado a entender suas origens. O cruzamento de dois episódios, no passado e no presente, levará o narrador a repensar sua relação com a comunidade, a família e o amor – e a entender que a verdade, mesmo aquela mais íntima, também pode ser forjada por esquecimentos, por memórias apagadas" (PATUÁ).

Confira também os finalistas da premiação e outras informações no site do Prêmio São Paulo de Literatura 2023.