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Oceanos premia “Torto Arado”, do brasileiro Itamar Vieira Junior

Os vencedores do Prêmio Oceanos: "Torto Arado" (Todavia), "A Visão das Plantas" (Relógio D’Água) e "Carta à Rainha Louca" (Alfaguara)
Reprodução

O romance "Torto Arado" (Todavia), de Itamar Vieira Junior, ganhou o Oceanos - Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa. O livro e o escritor baiano ganharam também este ano o Jabuti na categoria romance literário. “Torto arado é uma história de amor à terra que me foi narrada muitas vezes, por conta de meu trabalho como servidor (público), com camponeses, trabalhadores rurais, quilombolas, indígenas, assentados, acampados, ribeirinhos e comunidades tradicionais como um todo, ao longo de 15 anos. (...) Este livro é um retrato – o meu retrato – do Brasil deste tempo em que vivo, um Brasil que tem uma profunda conexão, ainda, com o seu passado mal resolvido”, disse o autor em mensagem por vídeo.

O segundo lugar foi para o romance "A Visão das Plantas" (Relógio D’Água), da portuguesa nascida em Angola Djaimilia Pereira de Almeida -- ela venceu a edição 2019 do prêmio com o romance "Luanda, Lisboa, Paraíso". E o terceiro lugar ficou com "Carta à Rainha Louca" (Alfaguara), de Maria Valéria Rezende, cujo projeto foi contemplado pelo Rumos Itaú Cultural 2015-2016. O livro vencedor recebe R$ 120 mil; o segundo colocado, R$ 80 mil, e o terceiro, R$ 50 mil.

Tanto "Torto Arado" quanto "Carta à Rainha Louca" estão disponíveis no catálogo da biblioteca. Para retirada, consulte o site e nossas redes sociais.

A cerimônia de anúncio dos premiados foi transmitida ao vivo pelo canal no YouTube do prêmio e no site do Itaú Cultural. Participaram do encontro os quatro curadores – Adelaide Monteiro, de Cabo Verde; Isabel Lucas, de Portugal; Manuel da Costa Pinto e Selma Caetano, do Brasil – e, por vídeo, os escritores premiados.

Ao todo, foram 6.064 leituras realizadas pelos três júris que se sucederam na seleção de semifinalistas, finalistas e vencedores. Fizeram parte do Júri Final, que leu e avaliou as 10 obras finalistas, seis profissionais: os professores portugueses Joana Matos Frias e Carlos Mendes de Sousa, a professora de origem santomense Inocência Mata, a poeta brasileira Angélica Freitas e os professores brasileiros João Cezar de Castro Rocha e Viviana Bosi.