Este livro é um
manifesto literário que se define como um grito de dor contra a fome, a
miséria, o racismo, a discriminação e o preconceito de toda ordem, unindo a um
só tempo a técnica e a expressão literária popular. É também uma proposta
pedagógica destinada a levar a rua para dentro da sala de aula por meio de
obras de Jorge Amado, Graciliano Ramos, Marcelino Freire, Itamar Vieira Júnior,
Jeferson Tenório, Sidney Rocha, Ney Anderson, Lima Barreto, Nivaldo Tenório,
Cícero Belmar, entre outros. O autor analisa as técnicas de escrita de Vida
secas, de Graciliano, e Suor, de Jorge Amado, revelando ao leitor
aproximações e diferenças, fazendo também uma breve reflexão sobre o movimento
armorial. Escrever exige leitura, paciência, humildade e estudo. É preciso
conhecer as técnicas e os movimentos internos do texto, sem eliminar, de forma
alguma, a intuição. Consciente de tudo isso é que o autor investe no campo do
aprendizado com a clareza de quem já escreveu e publicou dezenas de livros de
ficção. A Luta verbal é a segunda edição do livro A preparação do
escritor, publicado por esta casa em 2007, acrescido deste ensaio que
enriquece o estudo da literatura brasileira.
Inglês de Sousa
(1853-1918) foi testemunha de uma época de transformações políticas, religiosas
e literárias no Brasil. À questão social, vista na chaga vergonhosa da
escravidão, segue-se a questão religiosa, abalando os alicerces do catolicismo,
até então intocável. A guerra do Paraguai mostra as deficiências da organização
militar e faz a monarquia sofrer os primeiros abalos. O Segundo Império deixava
escapar a sua falência, subjugado pelo espírito das campanhas abolicionista e
republicana, que se acentuam a partir de 1870. É nesse contexto que Sousa
escreve seus 'Contos amazônicos', publicados em 1893. Os contos são como
capítulos seriados de um romance que situa e constrói a região amazônica aos
olhos do leitor e em que o exótico é aos poucos transfigurado, transformando-se
na coisa como ela é.
“Este é um livro
imaginado para auxiliar quem deseja escrever textos de ficção.” O escritor e
professor Luiz Antonio de Assis Brasil registrou aqui sua experiência ao longo
de 34 anos ininterruptos de trabalho com a Oficina de Criação Literária da
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, e também no programa de
pós-graduação em escrita criativa na mesma universidade.Com a perspectiva de um ficcionista dialogando com
outros ficcionistas, ele apresenta ferramentas indispensáveis para a formação
de um escritor. Avesso a fórmulas, Assis ressalta o papel da leitura constante
de obras literárias para quem se tornar autor de ficção ― e são essas obras as
grandes referências de seus cursos e deste manual indispensável, que contou com
a colaboração do escritor e ex-aluno Luís Roberto Amabile
O livro busca oferecer uma ampla investigação
sobre o processo de criação artístico em suas diferentes manifestações. Refaz,
a partir de documentos de artistas, a construção das obras e descreve os
procedimentos que sustentam essas produções. A proposta de compreender a
criação leva à constatação de que uma possível teoria do gesto criador precisa
falar da beleza da precariedade de formas inacabadas e da complexidade de sua
metamorfose. Além de novas imagens e algumas adequações, teve duas adições
significativas - a apresentação da Elida Tessler e o posfácio, no qual são
apresentadas as questões semióticas que embasam as reflexões sobre a criação
artística desenvolvidas na publicação.
Nada mais atual do que ver este “Brasil Caboclo”. Afinal, a Amazônia supostamente abrigava o Eldorado. Hoje ela é acima de tudo um campo de luta. O episódio integra o documentário "O Povo Brasileiro", baseado em obra homônima de Darcy Ribeiro.
Nessa conversa, um dos maiores nomes da literatura brasileira contemporânea e da literatura amazônica fala sobre o relançamento de suas obras, seus hábitos de escrita e leitura e sua relação com a Amazônia e o mundo árabe.