Ver na BSP Ver na BVL

por Pedro Nava

---

Publicado originalmente em 1976, o livro aborda, principalmente, a vivência carioca do autor mineiro na primeira metade do século XX. Aquele Rio que, como dizia um famoso cronista da Belle Époque, "modernizava-se" – o automóvel, o rádio, os primórdios da indústria cultural. O narrador se desloca de trem entre os dois polos todo o tempo: no Rio está o colégio interno; em Minas, as férias com a família e, posteriormente, a faculdade em que ingressa em 1921. Não são polos meramente geográficos, mas dimensões existenciais, afetivas, intelectuais, sociais, culturais e civilizatórias distintas.

Ver na BSP Ver na BVL

por Ana Martins Marques

---

Neste segundo livro da poeta mineira - o primeiro, A vida submarina, é de 2009 - , a autora promove uma observação ativa do mundo. Nos objetos do cotidiano ou nas surpresas do corpo, as armadilhas também se chamam vida, ou amor, ou quem sabe cigarros e silêncio. Na orelha do livro, Armando Freitas Filho narra uma conversa com outro poeta: "Você já leu o livro da Ana Martins Marques? Você tem que ler", e conclui: "Mergulhei de ponta-cabeça, fui de capa a capa num fôlego só"

Ver na BSP Ver na BVL

por Annie Rouxel, Gérard Langlade, Neide Luzia de Rezende (editores)

---

Selecionados e traduzidos da obra francesa Le sujet lecteur: lecture subjective et enseignement de la littérature, os artigos deste livro abordam questões que se encontram no cerne das discussões contemporâneas sobre ensino de literatura. A escolha feita dentre os artigos da obra original procurou ser útil ao leitor brasileiro, em especial aos profissionais da área de educação. O conjunto ganhou mais três ensaios inéditos de Annie Rouxel. AO examinar o papel da escola nessa tensão entre os direitos do texto e os direitos do leitor, discute-se sobre o lugar, o estatuto e as formas que podem ter as experiências de leitura subjetivas das obras, do maternal à universidade, ao lado da necessária transmissão de conhecimentos sobre a literatura, sua história, seus códigos, seus rituais.

Ver na BSP Ver na BVL

por Cecilia Bajour (autor), Alexandre Morales (tradutor)

---

A pesquisadora argentina discorre sobre a importância da escuta, da conversação literária e do registro para o bom resultado no trabalho com a leitura, depositando no mediador grande parte da responsabilidade pelo sucesso ou pelo fracasso das ações voltadas à formação do leitor literário na escola.

Ver na BSP Ver na BVL

por Rodrigo Ciríaco

---

Neste livro de contos, o autor propõe transportar a oralidade cotidiana da periferia para uma expressão literária. Formas coloquiais como ‘prôfi’, ‘prussôr’ ou ‘quem quisé fazê’ permeiam os textos, amparadas pela versatilidade formal que vai do microconto Pedido Irrecusável e Medo, à dramaturgia de A Queda, passando por narrações em primeira pessoa em O Livro Negro, Um Estranho no Cano e cômicas histórias estruturadas em diálogos como Socá pra dentro e Boi na linha. A divisão do livro em estações do ano é engenhosa, gerando uma leitura vertiginosa, potencializada pelos grafismos da edição que lembra um caderno escolar. A escrita marginal de Ciríaco expõe com destemor os problemas centrais do Brasil contemporâneo.

Ver na BSP

por Machado recriado, de Alberto Martins (et al.)

---

A obra apresenta nove contos e uma peça inspirados na obra de Machado de Assis e recriados por dez autores brasileiros. Moacyr Scliar, Alberto Martins, Alberto Mussa, Carola Saavedra, Felipe Hirsch, Bruno Zeni, Lourenço Mutarelli, Cristovão Tezza, Mariana Verissimo e Sérgio Augusto de Andrade se inspiraram em textos como Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba e O Alienista. Os autores se sentiram livres para parafrasear, elaborar, metamorfosear e até mesmo trair as obras deste célebre escritor brasileiro.